Macabeus
INTERMEZZO
Agora
além Jerusalém e seu Templo do Deus Eterno, estarem “exprimidos” entre a Síria
e o Egito, seus dois soberanos que
cobiçavam Trono um do outro e ambos , pretendiam criar um 'Estado Tampão', o que trazia segurança para as terras de seus reinos,
mais para isso tinham que conquistar a Judeia.
Para
maior tranquilidade ambos tinham que
HELENIZAR os povos conquistados, até por uma questão de crença religiosa.
Jerusalém
fervilhava e parte do Povo tremia de medo dos soberanos das dinastias gregas do
Egito e da Síria.
Os
Selêucidas com Antíoco III, o Grande, em 217 a.C. tentou invadir o Egito quando
reinava Ptolomeu IV Filopator, mas
foi derrotado em Rafia, portanto dessa da primeira vez não consegui.
Em 198
a.C. obteve uma vitória sobre o Faraó egípcio
em Paniom (a Cesaréia de Filipe do Novo
Testamento), obtendo o controle daquela região e fortalecendo, mas sua posição
em todo sul da Síria, e nos domínios fronteiriços, leia-se Judeia.
Depois
de ter colocado a 'casa em ordem', marchou para o leste reconquistando e
consolidando os domínios da Dinastia dos Selêucidas.
Foi
vitorioso até encontrar com as Coortes Romanas, que o venceu na Batalha de
Magnésia, em a.C. 189.
Pelo
Tratado de Apaméia cedeu a Roma , que era uma potência emergente, a Ásia Menor
e outros domínios.
Antíoco
III, o Grande, veio a falecer em 187
a.C. desgostoso da vida.
Foi
sucedido por seu filho Seleuco IV Filopator, cujo filho, o futuro Demétrio I Sóter, havia sido levado
como refém para Roma, como parte integrante do Tratado de Apaméia, aliás era um
costume naquela época levar os príncipes dos reinos, ou tribos, derrotados para
a Capital do Império nascente para ser educado como um Cidadão Romano.
Seleuco
IV Filopator ocupou o Trono Selêucida de 187 a.C. até 175 a.C., mas a História
pouco fala dele. Consta que foi assassinado por seu ministro Heliodoro.
Como
seu filho, o Príncipe-Herdeiro, estava em Roma, seu Trono foi ocupado
simultaneamente por seu irmão Antíoco IV Epifanes e seu filho mais moço, que
também se chamava Antíoco, o Moço, ou o Sem Número.
O Trono compartilhado durou de 175 a 170 a.C.
ou AEC, e esse Antíoco, o moço , na ausência de seu tio e co-soberano, foi
assassinado por Andrônico.
Esse
Andrônico era uma figura sinistra para não ser delatado seu envolvimento no
roubo de vasos de ouro do Templo acabou matando o Sumo Sacerdote Onias III, que já tinha sido
deposto e estava exilado, mas que por ser reto e justo era a consciência do
Povo Judeu.
Dessa vez
, devido ao clamor geral, até dos vizinhos, Antíoco IV Epifanes matou justiçar Andrônico, o despojando de todas as
honras e o fazendo matar no mesmo local a onde ele havia assassinado a Onias
III.
Por esse tempo aconselhados por estrangeiros
que estavam entre eles, um grupo de Judeus, oriundo dos que “tremia de medo” se
apresentou ante ao Soberano propondo-lhe uma aliança que ele aceitou.
Ao
voltarem a Jerusalém, para espanto e ira
de muitos, fundaram uma escola para helenizar e se helenizarão.
Dá
para imaginar a raiva de muitos outros
O Rei Antíoco IV Epifanes
intimou o Faraó Ptolomeu VI Filometor, que lhe entrega-se Coele-Siria e por não ter sido feita a sua
vontade invadiu o Egito com um poderosíssimo exército, composto de uma
oficialidade realmente competente, tanto que quase dominaram todo o País.
Prenderam o Faraó e deixaram no Trono, como um Títere do Rei da Síria.
Os Cidadãos de Alexandria
se opuseram a Antíoco IV Epifanes e aclamara o irmão do Faraó, outro Ptolomeu,
irmão de Ptolomeu VI Filometor como Soberano.
Foi um furdunço danado.
Com a volta dos vencedores para a Síria os dois irmãos acordaram em reinar juntos o que
enfureceu o Selêucida.
No comando de sua Frota
tomou Chipre e invadiu o Egito.
Quando chegou a
Alexandria foi detido pelo embaixador de Roma. Caio Popilio Lenate, Cônsul
romano de 172 a.C. A 152 a.C..
Caio Popilio Lenate
fora enviado ao Egito para apaziguar os
dois irmãos Faraós e de quebra tentar a Paz entre o Egito e o Rei da Síria.
Entre as cláusulas do
Tratado entre as duas Dinastias ficava estipulado que Antíoco IV Epifanes
abandonaria Chipre e abriria mão das suas conquistas egipcianas.
A princípio arrogante
peitou o embaixador de Roma, mas esse soube ganhar tempo.
Depois de algum
tratativas infrutíferas Caio Popilio Lenate vendo que não ia dar em nada sua
diplomacia, traçou um círculo em volta do Soberano Sírio com uma vara e ordenou
que ele só se movesse dali quando aceitasse as exigências de Roma sobre o
Egito, Chipre, etc e tal.
Com medo da Emergente
Roma, para qual seu antecessor já havia perdido a Asia Menor e outros domínios
ordenou a retirada.
Esses fatos deixou Antíoco IV Epífanes mais furioso e
quem pagou a pato foi o Povo de Israel.
Ato continuo:
“ E depois que assolou a Egito no ano cento e
quarenta e três, deu volta Antíoco: e marchou contra Israel. E chegou a
Jerusalém com um formidável exército. E entrou cheio de soberba no santuário, e
tomou o altar de ouro, e o candeeiro dos lumes, e todos os seus vasos, e a mesa da proposição, e as bacias, e os copos
e as grais de ouro, e o véu, e as coros, e o ornamento de ouro, que estava na
fachada do Templo; e quebrou tudo. E tomou a prata e o ouro, e os vasos
preciosos: e tomou os tesouros escondidos, com ele foi dar: e tendo levado
tudo, foi-se par o seu país. E fez grande matança de homens , e falou com
grande soberba.”
(I
Macabeus , capitulo1,versículo de 21 a 25)
“
Então houve um grande pranto em Israel, e em todos os lugares dele”.
( I
Macabeus , capitulo 1, versículo 26)
E
assim, os judeus, mais uma vez, sentiram
na pele a dor da opressão.
Dois
anos depois Antíoco IV Epífanes enviou Superintendente com poderes para
arrecadar impostos.
Era
bom de lábia e os judeus acreditaram a princípio nele, e o receberam bem, mas
de repente o clima mudou e o 'Tal amigo do Rei' e seus homens, passaram
a saquear todos e a roubar tudo que podia ser roubado.
Para
facilitar matavam e queimavam as pessoas, derrubavam e incendiavam as casas.
Destruíam
o que estivesse na frente das suas
tropas, fosse o que fosse, e assim espalhavam o medo, o terror.
Para
completar levaram os jovens, as
mulheres, as crianças para servirem como escravos, além de todos o gado.
Conheciam
seu soberano e sabia que Antíoco IV Epifanes era insaciável em sua vilania, em
sua torpeça, na sua ganancia por poder divino, pois essa era no fundo, no
fundo, a sua razão de tanto ódio pelo Verdadeiro Deus.
Antíoco IV Epifanes não parou por aí.
Publicou
vários Editos:
1-
Ordenou aos povos de
seu grande Império que abandonassem a
sua cultura tradicional e adota-se a Helenização, aliás esse também era o sonho
de Alexandre até colocar na cabeça que
era mais um Príncipe Oriental do que grego.
2-
Consequentemente deveriam adotar os cultos aos deuses
gregos, oferecer sacrifício a essas divindades, construir templos para elas, e
assim por diante em termos de culto religioso.
3- O caro
leitor já imaginou um judeu oferecer sacrifícios a esses deuses principalmente
que neles era usadas “ carne de porco, e rezes imundas”? - I Macabeus capitulo 1, versículo 50;
4- Ainda
nos editos para o judeus; “..., e que deixassem os seus filhos por
circuncidar,..”- I Macabeus, capitulo 1
versiculo51;
5- Para
finalizar : ...” que contaminassem suas almas com toda a casta de comeres
imundos, e que com toda abominação, de sorte que esquecessem a Lei de Deus, e
transtornassem todas as suas ordenanças.” - I Macabeus, capitulo 1,versículo 51.
Pasmem;
Mas é
Verdade;
Acreditem
no que eu digo por que está na Bíblia:
A
maioria da população aceitou a cumprir esses Editos do Basileu Antíoco IV Epifanes, rei da Síria e eu vou
provar.
Bíblia Sagrada, Barsa, Edição de 1964:
“ No dia quinze do mês de Casleu, ano cento e
quarenta e cinco, pôs o rei Antíoco o abominável ídolo da desolação ( Júpiter Olímpico ) em cima do altar de
Deus, e por toda parte edificaram altares em toda as cidades de Judá, e os
homens ofereceram incenso, sacrificaram diante das portas das casas, e no meio
das ruas: rasgando os livros da lei de Deus; os deitaram fogo e a todo aquele ,
em poder do qual se achavam os livros do testamento do Senhor, e qualquer que
observava a lei do Senhor, cruelmente o matavam, conforme o edito do rei.” - I Macabeus, capitulo 1, versículos de: 57 a 60.
Creio que por um erro na Tradução o deus
máximo e entronizado no Templo do Deus Eterno por Antíoco IV Epífanes é citado
como Júpiter Olímpico , o caso é que o Rei era grego, portanto o seu
deus maior era Zeus, o pai dos deuses.
Quando
os romanos latinizaram os deuses gregos, foi que Zeus passou a ser chamado por
eles, os de Roma, Júpiter Olímpico .
O erro
não é grave, no frigir dos ovos, mas vale a pena ser corrigido.
Mas voltemos para o Povo de Israel, os
Judeus:
Muitos cederam, poucos ficaram firmes na
Fé e é desses que passaremos a falar.
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