quarta-feira, 19 de junho de 2024

Dona Leopoldina, Imperatriz Estadista

 



Dona Leopoldina , Imperatriz  Estadista

Maria Leopoldina da Áustria- Leopoldine Caroline Josepha- nascida  arquiduquesa da Áustria em Viena, Sacro Império Romano Germanico , 22 de janeiro de 1797 e falecida no Rio de Janeiro,  Império do Brasil, 11 de dezembro de 1826 , era neta da Grande Maria Teresa/ Maria Teresa da Áustria- Maria Theresia Walburga Amalia Christina von Österreich - arquiduquesa da Áustria, que governou como Imperatriz Consorte do Sacro Império Romano-Germânico varias nações se tornando soberana de grande parte da Europa Central.

Ambas pertencente a Velha Dinastia dos Habsburgo, Casa da Áustria , ou  Haus Österreich), foi uma das mais importantes e influentes da história da Europa do século XIII ao século XX.

Tanto Maria Teresa quanto Dona Leopoldina herdaram geneticamente o ‘senso de dever’ dos membros de sua Milenar Dinastia e a Historia prova isso.

O mesmo senso do Dever Dinástico  que possuía Dom João VI que migrou para o Brasil e depois voltou par Portugal, muito a contragosto, para salvar sua Coroa, seu Trono, seu Império Transcontinental, para a sua descendência.  

O avô de Dona Leopoldina , imperador Leopoldo II, que acreditava "que as crianças deveriam ser desde cedo inspiradas a ter qualidades elevadas, como humanidade, compaixão e desejo de fazer o povo feliz" assim com uma sólida formação científica e cultural, que incluía política internacional e noções de governo , teve seu  contrato assinado em Viena a 29 de novembro de 1816, sendo o noivo era Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom  Pedro, filho  e herdeiro de Sua Majestade Fidelíssima, El-Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves o senhor Dom João VI e da rainha Dona Carlota Joaquina, nascida infanta de Espanha.

Dona Leopoldina chegou ao Rio de janeiro em 5 de novembro de 1817, causando espanto, pois, não era bela, mas sim uma “alemãzona, branca e sardenta”., mas, é a ela que  o Brasil deve realmente sua Independência de  Portugal.

Como o sogro amou o Brasil logo de ”cara” , apoiando a Missão Artística Austro-Alemã, que viajou pelo Brasil e nos deu a noção exata do que era o nosso país.

Já Dom Pedro era um malandrão vivendo em busca de balas mulheres, de prazeres, de diversões onde tocava viola, cantava, e dançava o lundu de maneira folgaza, e assim criado solto não teve uma educação formal, mas, não era desprovido nem de inteligência nem de ambição.

Dom João encontrou Portugal em estado de petição de miséria e as Cortes ( parlamento) queriam a restauração do Pacto Colonial, um sistema de leis e normas  que tinha como objetivo principal, garantir que as atividades econômicas do Brasil gerassem lucros para a Portugal Continental, para os negociantes portugueses, e em sendo assim os lucros obtidos pelos produtos brasileiros não seriam dos comerciantes no Brasil.   

Além é claro do controle da  atividade política, militar e jurídicas.

Passaram a espezinhar o Casal de Príncipes.

Com seu grande senso de dever e amado o Brasil  a “alemãzona” Dona Leopoldina “ concebeu que ficar na América era a solução para a defesa da legitimidade dinástica contra os excessos que ameaçavam o poder dos Habsburgo e Bragança no Brasil, contudo, o senhor Dom Pedro “ não desejava dissolver os laços entre Portugal e Brasil”, e tanto isso é verdade que acabou se tornado Rei de Portugal.

Quando em São Paulo, a já dinâmica são Paulo dos estudantes, os ânimos estavam  exaltados, “ Dom Pedro entregou o poder a Dona  Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar a província de São Paulo”.

 As Cortes exigiram o retorno do Casal Real para Portugal, e de maneira humilhante, Dona Leopoldina, a Regente, “  convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado no dia 2 de setembro de 1822 e, juntamente com os ministros, decidiu pela separação definitiva entre Brasil e Portugal, assinando então a declaração de independência que enviou as Cortes em Lisboa, bem como enviou o mensageiro Paulo Bregaro para entregar a Pedro uma carta informando sobre as decisões que ela havia tomado”.

Só coube a Dom Pedro aceita-las.

Merecidamente “ foi aclamada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de Pedro”

Portanto, Dona Leopoldina foi Imperatriz Estadista para nossa salvação e merece toda admiração e respeito do Povo Brasileiro

 Jorge Eduardo Garcia

Autor da Coleção Conversando Alegremente sobre História. 


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