Quando eu era moço o adjetivo “
Sestrosa” era usado como adjetivo qualificativo quando nos referíamos a certas
moças graciosas, bonitas, cativantes, e por
que não: encantadoras.
Alguém escreveu e eu cito: “Morena
sestrosa a caminhar pela ladeira, que me encanta o olhar”.
O maior divulgador das ‘morenas
cariocas sestrosas” foi Alvarus- Álvaro Cotrim , um caricaturista, escritor e historiador da arte
brasileira, e eu “tou com ele”.
Se dizia, em tempos de
antanho, que a maior invenção do português foi a ‘mulata’, e eu com meu sangue “luso
-pernambucano”, mas, carioca de nascença, concordo plenamente.
Eu nunca tive preconceitos.
Meus pais e minha avó me educaram
muito bem, e “não falar com pobre, não dar mão a preto, não carregar embrulho”,
como na música “A Banca do Distinto” de Billy Blanco, não fazia parte do
meu universo, pois, sempre fomos igualitários.
Tenho pelos africanos que
vierem para ser escravizados no Brasil a maior consideração, estima, admiração,
e acima de tudo reconhecimento, já que foram eles com suor , sangue e lágrimas que
criaram, sim criaram, a economia da Nação Brasileira.
O Europeu ficava na Casa Grande
desfrutando dos lucros que os habitantes das Senzalas lhe proporcionava e essa
é uma verdade absoluta, que não pode, nem deve ser contestada.
TODAVIA:
Nessa Nação Miscigenada como nenhum
outra na face da Terra, nasceu no seio de uma família proletária , em Guarulhos,
município da Região Metropolitana de São Paulo, no dia 8 de maio de 1999, na
virada do milênio, uma menina que tomou o nome de Rebeca, ou seja, registrada
como Rebeca Rodrigues de Andrade, que se dedicou à duras penas a realizar seu
sonho de fazer ginastica artística, exemplifico: “ Rebeca e seus sete irmãos foram criados por
sua mãe solo, Rosa, que trabalhou como faxineira para poder pagar pelo
treinamento da filha. O irmão mais velho de Rebeca era encarregado de levá-la
de casa aos treinos, percurso que demorava duas horas a pé, até conseguirem uma
bicicleta.”
E Rebeca Andrade se tornou bicampeã
olímpica e a maior medalhista da história do Brasil nas Olimpíadas, com 6
medalhas: 2 ouros, 3 pratas e 1 bronze.
Rebeca Andrade é um ORGULHO
NACIONAL.
Vendo Rebeca, a Grande, dançar
ou se apresentar no solo, o que lhe deu a medalha de ouro, virei para minha mulher
e dize:
Rebeca é muito sestrosa.
Realmente ela é “Sestrosa”,
cativante, graciosa, bonita,
e por que não: encantadora.
Além de me fazer feliz por ser
minha compatriota, de ter ganhado as medalhas, Rebeca Andrade, sem ter a menor
ideia, me fez voltar aos tempos de minha juventude, preenchendo assim as saudades
que tenho” da aurora da minha vida, dá a minha infância querida, que os anos não trazem mais!”
Obrigado Rebeca Rodrigues de
Andrade, a Rebeca, O Orgulho Nacional.
Jorge Eduardo Garcia
Um brasileiro sim senhor.
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