quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

1° capitulo ALEXANDRE MAGNO, do Macabeus

 

 

 capitulo

ALEXANDRE MAGNO,

Seus sucessores

O Helenismo e a Cultura Grega

 

''E aconteceu que depois de Alexandre, rei da Macedônia, filho de Filipe, que reinou primeiramente na Grécia, saiu do país de Cetim, derrotou a Dario, rei dos persas e dos medos. Deu ele muitas batalhas , e tomou as mais fortes cidades de todas as nações, e matou os reis da terra, e passou até as extremidades do mundo: lançou mão dos despojos de muitas gentes: e toda a terra emudeceu diante dele. Então ajuntou Alexandre grandes tropas, e um exército m extremo forte: e o seu coração se elevou, e ficou todo inchado: e se fez senhor das províncias, e dos reis das gentes: que lhe ficaram sendo tributários. E depois disto caiu enfermo, e conheceu que era chegada a sua morte. E chamou os grandes da sua Côrte, que se tinham criado com ele desde sua mocidade: e repartiu por eles o seu reino, estando ainda vivo. Reinou pois Alexandre por doze anos ,e morreu. E os grandes da sua Côrte se fizeram reis, cada um com o seu governo: e depois da morte de Alexandre puseram todos o diadema, e assim mesmo seus filhos, depois deles por muitos anos, e os males se multiplicaram na terra.”  

( Bíblia Barsa, Edição de 1964, I Macabeus, capitulo 1, versículos de 1 a 10)

No nosso bom amigo o Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa no verbete HEGEMONIA está logo escrito: s.f. (1873 cf. DV) 1 supremacia ou superioridade (cultural, econômica ou militar) de um povo...2 p.ext. supremacia, influência preponderante (exercida por cidade, povo, país etc.) <a h. que a União Soviética exerceu sobre os demais países socialistas> .

O Império de Alexandre Magno nasceu fadado ao insucesso e por quê?

Porque o Senhor Nosso Deus não quer “a supremacia ou superioridade (cultural, econômica ou militar) de um povo” sobre outro , ou outros, a pouco vimos  acontecer o imaginável,  o fim do “que a União Soviética exerceu sobre os demais países socialistas.”.

Leiam com atenção as Sagradas Escrituras verão que eu tento razão, mas continuemos...Assim dividiu Alexandre entre os seus Diádocos , que quer dizer ' sucessor de..., ou ' substituto de...' o vasto Império:

1-Asia para Antígono Monoftalmos. Tornou-se o mais poderoso já que possuía a mais domínios;

2-Egipto para Ptolomeu, o fundador da Dinastia Ptolemaica;

3-Lisimaco ficou com a Trácia e a Asia Menor;

4-Para Seleuco, o fundador da Dinastia  Selêucida, a  Babilônia, a  Síria e os seus demais domínios iam dessa se estendendo  por uma enorme extensão de terra que chegava até as fronteiras coma Índia;

5- Para Cassandro, da Dinastia  Antigônida, a Grécia e a Macedônia.

Alexandre da Macedônia no fim de sua vida resolveu viver como um Potentado Oriental, mas segundo alguns  pesquisadores da História ele já estava mentalmente perturbado. 

Todavia, eu acredito que a maioria de seus generais e cortesãos ainda regravam suas existências pelo modo grego de viver.

Não podemos esquecer que junto as Forças Armadas de Alexandre havia notáveis sábios de origem grega.

Com essas conquistas alexandrinas o Mundo passou a vivenciar a Cultura Grega e é o que vamos ver de agora em diante bebendo em diversas fontes, pois na realidade não haveria uma Civilização Ocidental, também chamada de Judaico-Cristã sem a expansão do HELENISMO e esse começa na ANTIGUIDADE.

Uma explicação simplista encontrada em espanhol na Wikipedia, la enciclopedia libre:

A Antiguidade Clássica é entendida como a Idade Antiga no período e áreas dominadas pela Grécia e Roma. A Antiguidade Clássica situa-se no auge das civilizações grega e romana (século V a.C. ao século II d.C.) ou num sentido mais amplo, ao longo de toda a sua duração (século VIII a.C. ao século V d.C.). A dimensão espacial coincide com a bacia do Mediterrâneo, estendido para o Oriente Próximo com o Império de Alexandre o Grande e o Helenismo, e para a Europa Ocidental com o Império Romano. O termo clássico significa digno de imitação e deriva da admiração pela arte, literatura e cultura em geral da Grécia e Roma que foi redescoberta no Renascimento após uma Idade Média cujos valores haviam sido desacreditados. O mesmo aconteceu com o Neoclassicismo, movimento intelectual e artístico que se seguiu à descoberta das ruínas de Pompeia em meados do século XVIII.”

Como podemos deduzir da informação da Wikipédia ,em espanhol, Alexandre,  o Magno, agora também Rei da Ásia, em sua Marcha Conquistadora levava consigo, como eu já afirmei, uma equipe de sábios, na sua grande maioria oriundos da Grécia, afinal o iuvenis victoris imperatoris foi instruído por Aristóteles, o filosofo.

Seus sucessores nos Tronos e sob as Coroas, apesar de homens de guerra, seguiram o seu exemplo.

Eu fico pensando se há alguma criatura que não lamente sinceramente  a destruição da Biblioteca de Alexandria, cidade fundada por aquele iuvenis victoris imperatoris pelo herdeiro de um de seus generais da Dinastia Ptolemaica, o Faraó  Ptolomeu II, no início de seculo III a.C. ou AEC.

Você meu caro leitor já imaginou a importância dessa biblioteca hoje em dia?

Mas voltemos as palavras importantes e seus significados para o nosso estudo:

HELENO adj.s.m. (1836 cf. SC) 1 relativo aos antigos helenos, pequena tribo que viveu na região do Epiro (Noroeste da Grécia) e que deu origem ao povo grego, ou indivíduo dessa tribo 2 frm. relativo à Grécia moderna ou o que é seu natural ou habitante etim gr. héllén,énos 'heleno, grego'; como subst., hoi Héllénes 'os Helenos'; f.hist. 1836 helleno; 1836 é a data para o adj. 'relativo à Grécia', e 1899 é a data para o subst. 'indivíduo' hom helena(f.)/ elena(s.f.)  ( Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);

HELÊNICO adj.s.m. (1836 cf. SC) 1 relativo à Grécia antiga (Hélade) ou o seu natural ou habitante 2 tronco lingüístico que originou o coiné e o grego moderno etim gr. hellénikós,é,ón 'helênico, grego'; ver heleno-; f.hist. 1836 hellenico; a datação é para o adj. ( Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);

HELENISMO s.m. (1836 cf. SC) 1 expressão, construção própria à língua grega 2 o conjunto da civilização grega, esp. a que sofreu as modificações determinadas, no período helenístico, pelas influências orientais 3 civilização e cultura que se desenvolveram fora da Grécia por influência do pensamento e cultura gregos 4 devoção aos ou imitação dos costumes, estilos e pensamento da Grécia antiga etim gr. hellenismós,oû 'propriedade dos termos gregos, emprego correto da língua grega, imitação da língua ou dos costumes gregos'; ver 1heleno; f.hist. 1836 hellenismo ( Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);

HELENISTA adj.2g.s.2g. (1836 cf. SC) que ou aquele que é estudioso da língua e/ou da civilização da antiga Grécia etim gr. hellenistês,oû 'partidário da língua ou dos costumes gregos; partidário da religião dos gregos, p.ext. partidário do paganismo, donde idólatra'; as acp. modernas correspondem a uma ampliação de sentido; ver 1heleno; f.hist. 1836 hellenista; a datação é para o subst. 'aquele que é versado na língua grega'( Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);  

HELENIZAR v. (1899 cf. CF1) 1 t.d. e pron. dar caráter grego a, tornar(-se) semelhante aos helenos, à sua cultura e civilização 2 int. (1899) consagrar-se ao estudo da língua e/ou da civilização grega etim 1heleno + -izar; f.hist. 1899 hellenizar ( Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);

HELENIZAÇÃO s.f. ato ou efeito de helenizar 1 ato de dar ou receber cunho, caráter próprio à antiga civilização grega <a h. da Itália>  etim helenizar + -ção; ver 1heleno  (Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa);

HELENÍSTICO adj. (1873 cf. DV) 1 relativo a helenista ou helenismo 1.1 relativo à história, cultura ou arte gregas depois de Alexandre o Grande  etim helenista + ico; ver 1heleno; f.hist. 1873 hellenistico .(Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa).

HELENIZADO adj. (1899 cf. CF1) que passou por processo de helenização etim part. de helenizar; ver 1heleno; f.hist. 1899 hellenizado (Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa).

Para obterem êxito como Monarcas  os Herdeiro e Sucessores de Alexandre, o Grande, tinham que HELENIZAR a população de seus novos domínios, para assim criar a chamada 'cadeia de governo', totalmente leal a eles, já que se contasse somente com os naturais da Terra estariam sempre sujeitos a revoltas palacianas ou populares no sentido de reporem em seus Tronos um paisano. Além do que uma pessoa que não era HELENISTA era um inculto, bárbaro, um sei lá o que.

Havia também um outro fator preponderante para os gregos além de  expandir o  HELENISMO cultural, eles queriam impor, a palavra é essa mesma ,  a sua religião.

A população dos países tinham que seguir a religião do Soberano Gregos e esse era  partidário do paganismo, donde idolatria era parte importante dos cultos – A MITOLOGIA GREGA  e suas abundantes  divindades gregas que habitavam no Olimpo.

 

Para nós as Dinastia que vão ter grande importância vão ser as dos Selêucidas, por serem Reis da Síria, e a Ptolemaica, por serem os novos Faraós do Egito, e em sendo assim seus Reinos tinham  extensas fronteiras com a Terra Santa, com a Terra Prometida e mesmo naquela época Jerusalém, 'era logo ali', como veremos adiante..

 

 

 

REFLEXÃO

O Povo Escolhido sempre teve problemas com falsos deuses, com ídolos, desde o Pentateuco e nós sabemos disso, querem ver:

Gênesis, capitulo 31, Jacó retorna à terra de seus pais. Versículos de 30  a 35.

Labão reclama que Jacó roubara os seus deuses. Jacó dá uma desculpa, “ Pois não sabia que Raquel os havia roubado”. “Ora, Raquel havia tomado os ídolos do lar, e os pusera na sela de um camelo, e estava assentada sobre ele; apalpou Labão toda a tenda e não achou”...

Esses pequenos ídolos do lar eram os teraphin, eram usados como amuletos de proteção e na prática de adivinhação. Rebeca desistiu deles mas Raquel não desistiu desses ídolos pagãos;

Não preciso citar o Bezerro de Ouro no Êxodo;

Não preciso citar Elias e os profetas de Baal e sua Rainha Jezabel;

Os postes – ídolos e por aí vai...

Os verdadeiros apreciadores da Bíblia, mais atento ao que está escrito na Bíblia, que não ficam parados nos mesmos Livros, nas mesmas passagens, fazendo mesmos estudos por anos e anos  a fio, com medo danado de mudar, e assim repetindo os mesmos versículos, sabem que muitos daqueles israelitas que Josué liderou na 'entrada' da Terra Prometida traziam consigo  e eram e adoradores de outros deuses , afinal não cumpriram uma das mais importantes Ordenanças que Deus lhes deu. Mas esse  assunto  e para outra hora, quiçá para outro livro, se for a vontade de Nosso Deus.

Durante o séculos seguintes os Judeus lutaram contra a idolatria no seio do Povo.

A História está escrita na Bíblia e portanto, não estou mentindo.

Para dominar os Judeus e ocupar Jerusalém, a Joia mas cobiçada da Terra Santa, tanto os Ptolomeus como os Selêucidas tinham como primeira providencia derribar o Templo ou profana-lo, para depois começar o trabalho de 'catequização' a força ou não, pois, vergonha já naquela época,  tinha muito sem que topava tudo.

A turma do ' topa tudo'  era composta daqueles que com eles não havia  “ problema “ , além de herdeiros do ranço que ficou dos 'deuses do Egito', sempre gostaram de apelar para as divindades de ocasião, as de alguns dos antigos povos da Terra, ou de estrangeiros que por lá passavam, prometeu algo, lá estavam eles fazendo suas devoções, dos postes- ídolos então sem problemas.

E os gregos adoravam vários deuses , várias divindades, como descreveremos no Capitulo relativo a Mitologia Grega, e em sendo assim foi uma festa para essa “Turma do Topa Tudo”.

 Os Justos de Israel tremia de medo dos Soberanos das Dinastias Gregas do Egito e da Síria, pois se lembravam da Invasão dos Exércitos da  Babilônia, para onde  os judeus  foram levados cativos.

Lembravam eles, entre suas orações, que  conquistadores como primeiro ato de poder iriam profanar o Templo do Deus Eterno, saqueá-lo, roubar seus pertences sagrados.

Jerusalém fervilhava.

FIM DA REFLEXÃO.

INTERMEZZO  para o conhecimento das relações entre as duas Dinastias, a   Ptolemaica e a Selêucida.

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