O Esclarecimento:
Atos dos Apóstolos 1:8 nos diz: “Mas receberão poder quando
o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém,
em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”.
Como podemos ver a Igreja de
Roma, que nunca foi bíblica, que nunca seguiu realmente os ensinamentos do
Senhor Jesus, e que para justificar sua existência criou por milênios a denominada Tradição, através
das famosas Bulas Papais – “ Uma bula papal é um tipo de decreto público, carta
de concessão ou carta patente emitida por um papa da Igreja Católica desde do século
VI. Seu nome vem do selo de chumbo (bulla) que tradicionalmente era anexado ao
final para autenticá-lo”- e foi por isso que houve proibição expressa do papa,
do bispo de Roma, para que os católicos não lessem as Sagradas Escrituras.
“Unam Sanctam (1302)
foi uma bula papal publicada pelo Papa Bonifácio VIII (pontífice de 1294-1303)
exigindo a completa submissão de todas as pessoas, incluindo reis, à autoridade
e determinações do Papa. Como a Igreja era vista como guardiã das chaves para o
Céu e Inferno, e o Papa o chefe da Igreja, não obedecer ameaçava a salvação, e
o catolicismo ( aqui se pode ler cristianismo, pois só havia a Igreja de Roma) também assumiu este conceito”.
Daí as barbaridades das já citadas
bulas papais em relação aos povos africanos.
Levar a Salvação “ até os
confins da terra” só como desculpa para aumentar seu Pode Secular, pois o bispo
de Roma, o papa e sua corte/cúria, só queriam mesmo era e é o PODER POLÍTICO –
ECONOMICO.
Inquisição sob a Coroa Portuguesa:
A Inquisição Portuguesa,
também conhecida como Tribunal do Santo Ofício, foi uma instituição da Igreja
Católica que perseguia, julgava e punia pessoas acusadas de cometer crimes
considerados heréticos sendo suas datas de fundação e extinção são
respetivamente 23 de maio de 1536 e 31 de março de 1821.
A Inquisição Portuguesa cobriu
todos os territórios do Império Transcontinental Português., mas, chamo atenção
que as colónias brasileiras serviram como refúgio para os perseguidos pela
Inquisição (principalmente descendentes de judeus).
A atuação da Inquisição no
Brasil funcionou por meio de visitações, mas posteriormente a ação da
Inquisição passou a se apoiar cada vez mais nos agentes locais, cujas denúncias
eram enviadas para o tribunal de Lisboa, onde eram analisadas por parte dos
inquisidores e retornadas com o eventual mandato de prisão.
A Coroa Portuguesa de facto nunca
chegou a criar um tribunal da Inquisição no Brasil, todavia “ a forma que o Santo Ofício mantinha o seu
funcionamento era por meio da delegação de poder inquisitorial aos seus representantes
que podiam ser membros do clero ou não.”
Os padres jesuítas tiveram
grande participação nesse processo e suas visitas eram feitas no Brasil, na Índia e
algumas colónias africanos.
Os inquisidores eram os
principais funcionários e acumulavam as funções de investigador e juiz nos
tribunais do Santo Ofício, suas famílias eram denominados “ familiares do Santo
Ofício “, uma condição honrosa e respeitabilíssima que os elevavam bem acima dos comuns mortais, e
em certos casos até da nobreza, apesar de que os Oficiais da Inquisição eram
habitualmente membros dessa mesma nobreza”.
Repito: “ Os Oficiais da
Inquisição estavam espalhados por todos os domínios de El-Rey da Portugal”.
Como já mencionei, mas não
custa relembrar que “ a ação inquisitorial no Brasil deu-se inicialmente por
meio das visitações de um Oficial/visitador, nomeado pelo Santo Ofício de
Lisboa, que viaja em meio a um aparato super pomposo, uma verdadeira corte de funcionários
civis e eclesiásticos, tento como objetivo prender e julgar casos que pudesse
considerar crimes, sendo que as primeiras dessas Visitações foram na Paraíba, no
Pernambuco ( 700 denúncias e 200 prisões) e na Baía”.
Com isso a Santa Inquisição
Portuguesa ( que de santa não tinha nada) optou por aumentar o numero de “ familiares
do Santo Ofício” , e, é claro se apoiar cada vez mais nos membros do clero( leia-se
principalmente os jesuítas) , na Colônia do Brasil.
Esses fatos são por mim
descritos na Coleção Bahia, Cana e Hipocrisia, bem como muitos outros que
ocorreram no nascer de nossa Pátria, do nosso amado Brasil.
Jorge Eduardo Garcia
Professor de História e
escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário