sexta-feira, 30 de maio de 2025

Carta de Caminha e Mamom


Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom- Mateus 6:24 Versão Almeida Revista e Corrigida

 

No Brasil popularmente uma Boca-livre é a utilização abusiva de benefícios públicos ou de qualquer outro tipo de serviço que se oferece em nosso Todo Social.  

A Boca – livre é a raiz mater da corrupção, porque é claramente o “uso fraudulento ou abusivo dos serviços ou benefícios públicos e ou privados”.

Vou mais além:

É um termo cujo sinônimo é “mamata” e essa é a “situação da qual alguém se beneficia sem esforço ou mérito próprio”.

Fica claro que ao classificarmos algum procedimento desonesto, gerado por meios que não se mostram íntegros, como “mamata” estamos denunciando claramente um evento que traz no seu cerne a desonestidade.

O que mais vemos nos meios de comunicações- não só no Brasil – são essas roubalheiras, essas negociatas, essas ladroeiras.

Esclareço que “Mamom (aramaico: מָמוֹנָא, māmōnā) no Novo Testamento significa dinheiro, riqueza material ou qualquer entidade que prometa riqueza e esteja associada à busca gananciosa de ganho”.

Vou mais além:

Observem que a palavra ‘mamata’ começa com as mesmas letras de Mamom – mam...- donde podemos concluir pelo significado da nossa gíria que seu uso “

crítica ao modo como algumas pessoas conseguem "mamar" à custa de outrem para obter “dinheiro, riqueza material”.

Alguns críticos da denominada Civilização Brasileira afirmam que essa não deu certo- como está parecendo em nossos dias- porque a Frota Cabralina confirmar a existência do Brasil a El-Rey de Portugal, seu escrivão Pero Vaz de Caminha pediu uma “boquinha” (como meu pai jocosamente denominava a Boca-livre) para seu genro.

“No último parágrafo da carta, Caminha apelou a D. Manuel para que libertasse do cárcere o seu genro, casado com sua filha Isabel, preso por assalto e agressão. Eis o trecho final no qual o cronista faz o pedido:

“E, pois, que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro—o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, 1º dia de maio de 1500."

É até pode ser!!!

Mas aqui o que importa que não PODEMOS, nem DEVEMOS de nenhuma maneira, servir a Dois senhores a Deus e as riquezas mamonísticas.

Jorge Eduardo Garcia

Prof. de Ensino Religioso e de História,

M.e em Bíblia,

S.T.D. – Sacrae Theologiae Doctor,

Ph.B. - Philosophiae Ecclesiasticae Baccalareus,

Dr. h. c. por Mérito Eclesiástico.

 


 

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